sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ê meu boi!!!!!


 Se estivessem vivos, mestres da cultura popular como Coxinho, Dona Terezinha Jansen, seu Teodoro, Seu Leonardo, e outros que tanto fizeram pela cultura popular maranhense estariam felizes e orgulhosos com a certificação que o bumba-meu-boi recebeu ontem, em meio a toadas e festas. O bumba-meu-boi, uma das mais bonitas e criativas manifestações da cultura popular do Maranhão, recebeu a certificação como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, ontem (30), no Palácio dos Leões.  A  governadora Roseana Sarney e a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, entregaram certificados a 300 grupos. Na ocasião, ainda foram homenageadas as pessoas que contribuíram para memória e preservação do boi no estado.

O registro foi concedido ao bumba meu boi do Maranhão há um ano, após ser aprovado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, durante reunião do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília. O tambor de Crioula do Maranhão é certificado desde 2007.

Para a ministra Ana de Hollanda, a certificação é muito importante não só para o Maranhão, mas para todo o Brasil. “A manifestação tem dois séculos de história registrada, agora também no Livro das Celebrações do Ministério. Os brincantes retratam uma história de fé e devoção, no qual o lúdico torna a festa ainda mais bonita, já que mobiliza um grande número de pessoas. O bumba meu boi é a mais rica e exuberante manifestação da cultura popular maranhense”, contou.

Segundo ela, era grande a emoção em participar desse momento único. “Como brasileira, eu fico emocionada de certificar o bumba meu boi como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Hoje eu me sinto parte dessa imensa comunidade boieira”, afirmou Ana de Hollanda.

O ponto alto da festa foi a cantoria de Zequinha de Coxinho (filho de Coxinho) cantando o hino do folclore maranhense, o Urrou do Boi, na íntegra. Após a apresentação  brincantes de boi, produtores  culturais, mestres da cultura popular, pesquisadores, gestores e público em geral aplaudiram emocionados o herdeiro de Coxinho, representando ali, toda uma gama de homens e mulheres que fazem o bumba-meu-boi ser´uma das mais expressivas manifestações populares do Brasil.

A festa ficou completa com as apresentações dos grupos Boi de Axixá (orquestra), Boi Unidos Venceremos (zabumba) e Boi de Santa Fé (baixada). Brincantes e representantes de boi não cabiam em si de alegria por verem que todo o trabalho feito por eles e seus antecessores foi finalmente  reconhecido.

Para Basílio Durans, do Boi da Fé em Deus, a certificação já era mesmo esperada, por tudo que se tem feito pela cultura popular. "Eu tenho certeza que nossos antecessores também estão felizes com esse momento", disse. Humberto Maracanã (Boi de Maracanã), seu Naiva (Boi de Axixá), Zé Inaldo (Maioba), Zé Olhinho (Santa Fé), Chiador, dentre tantos outros vultos importantes presenciaram o momento.

Salvaguarda - Antes da certificação no Palácio dos Leões, aconteceu o 2º Fórum Bumba meu boi do Maranhão: Patrimônio Cultural do Brasil, no Teatro Alcione Nazaré, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho (Praia Grande). Na ocasião, foi assinado o Termo de Cooperação Técnica para a Salvaguarda do Bumba meu boi, com a instalação do Comitê Gestor da Salvaguarda e os lançamentos do vídeo “São Marçal, A Festa dos Bois da Ilha” e de uma cartilha com informações sobre o processo de instrução, benefícios do registro e as linhas de atuação para salvaguardar o Bumba- meu-boi.

O Termo de Cooperação Técnica é a base legal para a instalação do Comitê Gestor e o desenvolvimento das ações de salvaguarda. Para a coordenadora de Patrimônio do Iphan, Célia Cursino, o momento, não apenas de alegria, é também de reflexão. “A certificação não é apenas um selo, ela reflete um compromisso de trabalhar em conjunto para manter preservada a cultura do bumba meu boi”, garantiu.

O Comitê Gestor da Salvaguarda é composto pela Superintendência Regional do Iphan e atual Superintendência do Iphan no Maranhão, Secretaria de Estado de Cultura, Fundação Municipal de Cultural, Comissão Maranhense de Folclore, Grupo de Pesquisa Religião e Cultura Popular da Ufma, representantes dos Grupos de Bumba meu boi dos Sotaques da Baixada, Matraca, Zabumba, Costa-de-mão, Orquestra e de Bois Alternativos.

com informações da Secom-MA
Foto: Geraldo Furtado

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Menina Veneno

Quem não já se pegou cantando "Menina veneno, o mundo é pequeno demais pra nós dois...", ou então "Boa noite rainha, como vai...? Pois é, amanhã é a chance de cantar esse e outros sucessos desse fenômeno dos anos 80 e 90: Ritchie. A festa é amanhã no Espaço Renascença, e eu já me sinto a verdadeira Menina Veneno!!!!!

O cantor já está na cidade com sua banda e fará um show com os hits da carreira e os arranjos atualizados do DVD/BD, Outra Vez (ao vivo no estúdio), e alguns clássicos sessentistas do novo disco de covers, "60".

É conferir essa festa do flash back. 



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Telento vezes cinco


Cinco vozes, cinco artistas, cinco talentos e uma única vontade: levar a produção maranhense para o mundo. Mas antes é hora de homenagear os 400 anos de São Luís no dia 1º de setembro, na Lagoa, com um show que vai entrar para a história. Chiquinho França, Carlinhos Veloz, Mano Borges, Betto Pereira e Erasmo Dibell dividem o mesmo palco e cantam músicas que marcaram suas carreiras e o mercado musical de São Luís. É o Projeto A5 que depois de se apresentar em São Luís vai para o Rio de Janeiro onde devem ser confirmadas três apresentações já a partir do mês de setembro.
O lançamento do CD e do projeto em São Luís será no show do dia 1º de setembro e faz parte da programação do Governo do Estado, que depois terá apresentação do cantor e compositor baiano Gilberto Gil. O repertório do show é formado pelas 20 músicas do CD, compostas pelos cinco artistas e ainda de músicas de autores como Gerude, César Nascimento e outros artistas que prestaram homenagens a São Luís. No show, Chiquinho França, como é de praxe, fará sua apresentação instrumental.
Já o CD é uma coletânea e traz gravações originais de canções como Imperador Tocantins (Carlinhos Veloz), Sarará (Erasmo Dibell), Terecô (Beto Pereira), Dindinha (Chiquinho França) e Você é Tudo (Mano Borges).
A reportagem de O Imparcial recebeu Chiquinho França e Betto Pereira para um bate-papo sobre o trabalho, o projeto, as novas produções e a música maranhense.


 Que ideia foi essa de reunir cinco grandes artistas em show só?
Betto Pereira – A ideia foi do Chiquinho, que foi ao Rio de Janeiro  e viu que a nossa música tem espaço, mas que não está sendo ocupado.
Chiquinho França – Nosso trabalho aí pra fora é muito comentado e eu vi no Rio de Janeiro um espaço que a gente precisa ocupar. Pensamos em fazer essa coletividade para que portas sejam abertas e já estão começando a se abrir. Nós conseguimos entrar na programação do aniversário da cidade, coisa que talvez um ou outro conseguisse, de forma individual. Ou seja, corria-se o risco de ficar de fora dessa festa e deixar de prestar essa homenagem a São Luís.

E vocês vão cantar na mesma noite que Gilberto Gil...
Betto Pereira – Sim, o Gil é uma das minhas referências, ao lado de Paulinho da Viola e nós conseguimos uma relação interessante. Ele participou do meu show no Circo Voador, há 15 anos, a convite da Alcione e gostou muito do meu trabalho. As duas vezes que ele esteve fazendo show em São Luís ele  procurou por mim.

Vocês comentavam que muita gente não entendia o A5?
Chiquinho França - Sim. E o A5 é um projeto com cinco artistas cantando e executando música maranhense. Embora cada um vá cantar sua música, mas o show tem muita dinâmica, muita interatividade. O palco nunca vai ficar sem ninguém. Além disso, cantamos músicas de outros artistas. O show na Lagoa será o lançamento do CD.

Como é que vai ser ocupar o espaço da música maranhense no Rio de Janeiro?
Chiquinho França - Nós temos já confirmados três shows no Rio de Janeiro, estamos dependendo apenas de um apoio do governo estadual para seguir com o espetáculo no Rio. Está previsto fazermos  o lançamento do CD coletânea, coletar imagens para o DVD e gravar o CD. Já temos contatos com produtores, gravadoras, formadores de opinião.
Betto Pereira – Queremos mostrar a homenagem que a gente tá fazendo aos 400 anos lá no Rio de Janeiro, dividindo com o público. Chegar no Rio de Janeiro com a nossa música.

Vocês são artistas que estão na música há muito tempo. Como é que vocês veem essa produção local atual?
Betto Pereira – Eu não gosto de rótulos, de dizer que faço música popular maranhense, ou da terra, minha música é universal. É muito difícil hoje em dia o artista estar em evidência. Na época em que nós começamos tivemos a sorte da produção maranhense estar num crescente, mas tem muita gente boa aí, talentosa, que falta acreditar no seu potencial, deixar de modismos, cópias e covers e apostar na sua produção. Eu tenho 30 anos de música e ainda estou trabalhando porque acredito na minha música.
Chiquinho França – A nossa música é um produto. O estado e o município é que não veem isso. Temos artistas talentosos, música boa, o turismo está aqui e as vezes a coisa não acontece. É de suma importância que essa rapaziada toda dê continuidade ao trabalho da gente, porque na festa de 500 anos não estaremos aqui (risos). Então, assim como essas músicas estão sendo tocadas agora, é importante que daqui a 100 anos tenham outras homenagens assim também. Eu tenho pena deles que botam o pé na estrada sem apoio nenhum. E o trabalho do A5 prevê isso também, abrir portas para eles em outros estados, começando pelo Rio de Janeiro.

  Vocês hão de convir que às vezes o artista precisa começar de alguma forma...
Chiquinho França – Sim, mas eles precisam ser sustentados pelo público deles, criarem formas de promoção, sem ter que ficar passando com o pires na mão. E o poder público por outro lado, precisar dar o anzol e não o peixe. Eu mesmo todos os anos faço um tributo a Pink Floyd porque eu preciso fazer nome. E no meu caso que é música instrumental as coisas se tornam ainda mais difíceis.
Betto Pereira -  Eu acho que essa turma tá vivendo muito do que é feito lá fora, com bandas de forró, de rock, pop e esquecendo um pouco a nossa regionalidade. Tem que ter um pouco mais de autoestima.  

 
Faixas do CD
Ilha Bela
Filhos da Precisão
Fissura
Bangladesh
Toque de Amor
Viagem de Novembro
Vidente
Czardas
Você é Tudo
Terecô
Imperador Tocantins
Sarará
Apego a Upaon Açu
Amagni
Mana
Beija-Flor
Beija na Boca
Dindinha
Ça Va
Ana e a Lua

domingo, 26 de agosto de 2012

Terror? A Casa Silenciosa?

Se vc gosta de um bom filme de terror e suspense não precisa assistir ao remake A Casa Silenciosa que estreou esta semana no Brasil.  A versão americana do filme uruguaio La Casa Muda, começa sem pé e termina sem cabeça. 

Baseado em fatos reais ( em 1944 foram encontrados os corpos de dois  homens brutalmente torturados em uma fazenda) a única coisa legal que achei do filme, esteticamente falando,  foi o fato dele ter sido rodado simulando um único take em tempo real. E só.

De acordo com a sinopse, Sarah (Elizabeth Olsen), seu pai John (Adam Trese) e seu tio Peter (Eric Sheffer Stevens) estão reformando a antiga casa da família para colocar à venda. Quando os dois homens entram em uma discussão, Peter resolve ir embora, deixando Sarah e seu pai sozinhos na casa. Aos poucos, a jovem começa a perder o contato com o mundo exterior, aterrorizada por acontecimentos estranhos. 

O fato real é que em  ao longo do filme a gente até sente alguns "sustinhos", mas dá vontade de rir quando Sarah começa a chorar e sentir medo... ela chora ou ri? rsrsrs. E a tal da personagem Sophia,  que aparece do nada e some da mesma forma??? enfim... sem comentários.

Se tiverem ficado curiosos, então assistam, mas depois não digam q não avisei... 





Genuinamente maranhense


Tem festividade pra todo os gostos. Enquanto o Governo do Estado está trazendo grandes produções para o aniversario da cidade, como Roberto Carlos, Ivete, Gilerto Gil, Zé de Camargo e Luciano, só pra citar alguns, a Prefeitura de São Luís apostou na valorização do artista local.
Com uma programação extensa que vai de 1º a 30 de setembro, as atividades culturais contemplam todas as formas de expressão artística: boi, reggae, tambor de crioula, teatro, dança, literatura.
O ápice da festa parece ser a virada cultural que vai das 20h do dia 7 até as 8h do dia 8 - aniversário da cidade.  A programação completa você pode conferir no site www.saoluis400anos2012.org.br 

Datas especiais - A programação cultural começará sempre a partir das 20 horas, na Praça Maria Aragão, com espaços reservados para a comercialização de artesanato, comidas e bebidas típicas. A programação diversificada traz bandas de rock, pop, reggae, soul, samba, pagode, forró, sertanejo, arrocha, brega, além do melhor da música popular maranhense. Também, participam da celebração grupos folclóricos de Bumba-meu-boi, Tambor de Crioula, Blocos Tradicionais e bateria de Escolas de Samba. 
Na noite festiva em comemoração aos 400 anos de São Luís, o público será embalado pelos cantores Teresa Canto e Banda, Panda S/A, César Nascimento e Banda, Banda Raiz Tribal, Grupo Argumento, seis Blocos Tradicionais e Bateria da Favela.
Para o dia 05 (quarta-feira), uma programação especial foi elaborada, juntamente com a Comissão Integrada do Reggae (CIR), em comemoração ao Dia Municipal do Regueiro - sancionada pela lei nº 4.102 de 2002-, com o objetivo de homenagear os admiradores e seguidores do Reggae. Entre as atrações estão cantores e bandas de Reggae, grupos de danças, equipes de Vinil, deejays e radiola de Reggae.
Também, no dia 06 (quinta-feira), a programação homenageará o Dia Municipal do Tambor de Crioula e seus brincantes. Ao todo, vinte grupos de Tambor de Crioula se apresentarão por toda a extensão e o entorno da Praça Maria Aragão.
No dia 8 haverá uma programação simultânea na cidade francesa de Cancale, por meio de intercâmbio com os parceiros do evento, encontros culturais a partir das 16h, em vários palcos espalhados pela cidade, encontros turísticos e a exposição do busto de Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, na Rampa de “La Frenêtre”.
                                                     
                                                    César Nascimento (reprodução Facebook)

Pandha S.A (reprodução Facebook)
                                                          Teresa Canto (Reprodução facebook)


 Confira uma parte da programação
 07/09
Virada Cultural
19h30 - Lançamento do Projeto Cápsula do Tempo e do Prêmio Japiaçu
Shows na Praça Maria Aragão
20h - Alysson Ribeiro
Momento Poético
21h - Banda Metrópole
Momento Poético
22h - Forró Puxa O Fole
Momento Poético
23h - Espetáculo Acrobático “Sonhos de Daniel de La Touche”
Companhia Francesa Le Passagers
00h - Louvação A São Luís com o Coral São João;
Show Pirotécnico com Fogos de Artifício;
Momento Poético
00h15 Regional 310 / Máquina
Momento Poético
01h - Show com o Grupo Pérola Negra
Momento Poético
2h - Dj Ely Jamaica
2h30 - Grupo The Angel’s (Street Dance)
Momento Poético
3h - Exibição da Mostra “Olhar Ludovicense”
5h - Momento Poético
Alvorada Para Despertar a Cidade
Serenata com Kennedy Aranha
6h - Momento Poético
Serenata com Lindalva Lins
7h - Momento Poético
Caminhada Rumo À Praça D. Pedro Ii

8/09
8h - Cortejo dos Orixás
8h30 - Corte do Bolo do Aniversário da Cidade
Participação dos corais São João, UFMA, ICBEU, Liceu e Santa Cecília
Tambor de Crioula da Fé em Deus
Grupo de Dança Baile de Caixa
Boi de Santa Fé
Boi Brilho da Ilha
15h - Virada do Rock (Encontro de Roqueiros da Ilha)
16h - Mostra “Cultura Ativa São Luís 400 Anos”
19h30 - Culto Evangélico, com os cantores Elian Oliveira e Jacimar
Shows na Praça Maria Aragão
20h - Teresa Canto
Momento Poético
21h - Panda S/A
Momento Poético
22h - César Nascimento
Momento Poético
23h - Raiz Tribal
Momento Poético
00h - Argumento
Momento Poético
01h - 6 Grupos de Blocos Tradicionais
Momento Poético
02h - Bateria da Favela